domingo, 12 de março de 2017

A descentralização das riquezas pela tributação progressiva


Maria Rosilene Moraes¹

Alíquotas progressivas, a saber, quanto maior o patrimônio, maior a porcentagem a ser cobrada como tributos seria o ideal neste país de tantas desigualdades, sejam elas, sociais, econômicas e intelectuais. No Brasil isto não é uma realidade, mas a tributação progressiva da renda poderia diminuir a vigente concentração de riquezas que se estaciona na mãos de poucos.
Pensando no país como um todo e sem muitos dados a mensurar a descentralização das riquezas pode ser alcançada pela tributação a grandes fortunas através do IGF. Poderia, a exemplo, estimular a fraternidade entre os homens e aumentar a disputa intelectual entre as pessoas. Com certeza seria necessário uma fiscalização mais efetiva, pois, na atualidade os ricos são menos tributados que os pobres, no Brasil.
Seria quimérico querer que a dignidade da pessoa humana fosse garantida através da garantia dos direitos humanos? Da mesma forma seria querer demais que o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) previsto na Constituição da República, art. 153, inciso VII, fosse regulamentado para, então, pode ser aplicado? Brasileiros como políticos, tributaristas e economistas debatem sobre o fato do IGF ser ou não um instrumento eficaz de arrecadação ou de diminuição da concentração de renda e riqueza.
Há um Mandado de Injunção que preza pela regulamentação do Imposto sobre Grandes Fortunas nº 6389 e Pet 5219 – STF, requerendo a regulamentação do tributo sobre as grandes fortunas onde os impetrantes abordaram diversos direitos e garantias previstos, mas que não foram cumpridos deixando de lado os ideais constitucionais.
Thomas Pikketi também defende a tributação. Catalan também é de mesma opinião quanto ao patrimônio acumulado lícita ou ilicitamente que deve ser redistribuído a milhares de brasileiros que vivem com necessidades básicas.
Particularmente, presumo que seria mais justo que a tributação fosse realizada de acordo com o patrimônio de cada uma, isto é, quanto mais patrimônio maior o valor a ser pagos em tributos.

Textos referenciais

http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/11/imposto-sobre-heranca-deveria-ser-maior-no-brasil-diz-piketty.html


¹Maria Rosilene de Moraes. Aluna do Curso de Direito do Centro de Ensino Superior de São Gotardo. Faculdade de Ciências Gerenciais. Graduada em Ciências pela PUC/MG. Graduada em Matemática pelo Instituto ISEED/FAVED. Pós-graduada em Gestão Escolar pela Universidade Federal de Ouro Preto. Pós-graduada em Educação Empreendedora pela Universidade Federal de São João Del Rei. E-mail: rosil_moraes@hotmail.com


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